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PARA TERCEIRÃO – TAREFA – RELATO

O RELATO

Relatar é contar de forma clara e objetiva um fato, um acontecimento, uma situação, desde que você não aplique ali a emoção, foi o que nós conversamos. É importante não confundir o que é uma NARRAÇÃO e o que é um RELATO. O relato tem uma postura mais seca, longe das ondas literárias do que é um texto narrativo. Na forma de relatar há a predominância dos verbos no pretérito perfeito – montando uma construção em forma direta.

Num trabalho muito especial, criado e organizado pela professora e mestra em Letras pela Universidade  Estadual de Maringá, Gabriela de Souza Marques, vamos trazer a você um desafio: Vamos construir um belo RELATO? Tudo bem? Leia com atenção os dois textos e, depois, muito cuidado para o que a professora coloca pra você como proposta

 

ESCREVER SE APRENDE ESCREVENDO

Leia os textos a seguir e, depois, elabore um relato conforme o contexto e o comando de produção apresentados.

TEXTO I

Nomofobia: o vício em celular agora é uma doença

Você é daqueles que não conseguem desgrudar do celular nem por um minuto do dia? Está sempre ligado nas redes sociais onde quer que esteja? Saiba que você pode estar sofrendo de nomofobia, termo criado na Inglaterra para designar as pessoas compulsivas por esse tipo de conexão.

A palavra é uma abreviação de “no mobile phobia” que, literalmente, significa o medo de ficar sem celular. Segundo pesquisas da empresa de segurança SecurEnvoy, cerca de 76% dos jovens britânicos entre 18 e 24 anos sofrem do mal e alguns chegam a ter dois ou mais aparelhos para garantir que sempre estarão online.

Segundo Damien Douani, especialista em novas tecnologias, a chegada dos smartphones e dos planos de internet ilimitada fizeram com que a incidência do problema expandisse em todo o mundo. A presença do Google também em celulares e a possibilidade de sempre se encontrar resposta para tudo são apenas dois potencializadores, explicou em entrevista ao site do jornal Folha de S. Paulo.

Os franceses também exibiram resultado semelhante. De acordo com pesquisa realizada pela Mingle, 22% dos jovens do país acham impossível ficar um dia inteiro sem celular. Números semelhantes se repetem em diversos países da Europa.

Segundo o escritor francês Phil Marso, que redigiu um livro inteiro utilizando apenas SMSs, o uso constante dos smartphones e redes sociais gera uma grande vontade de estar sempre inteirado sobre tudo o que está acontecendo. O usuário acaba ficando nervoso e impaciente, podendo desenvolver problemas cardíacos.

Texto disponível em: <https://www.tecmundo.com.br/ saúde/21930-nomofobia-o-vicio-em-celular-agora-e-uma-doenca. htm>. Acesso em: 22 jan. 2020

 

TEXTO II

Os problemas de saúde causados pelo uso de smartphone e como evitá-los

O celular é quase um companheiro inseparável, visto por muitos como um bem essencial no dia a dia – mas o que muitas pessoas não sabem é que o uso excessivo deles pode causar danos ao corpo humano.

Se você sente constantes dores de cabeça, um couro cabeludo extremamente sensível ou um incômodo atrás de um olho, a culpa pode estar no uso indevido do smartphone.

Especialistas dizem que são cada vez mais comuns os casos de “text neck” – “pescoço de texto” em tradução livre –, dores na cabeça ligadas a tensões na nuca e no pescoço causadas pelo tempo inclinado em uma posição indevida para visualizar a tela do celular.

Segundo a fisioterapeuta Priya Dasoju, o “pescoço de texto” também pode levar a dores no braço e no ombro. (…) Ela diz que o problema vem de tanto inclinar a cabeça para frente da tela do celular, e isso cria uma pressão intensa nas partes frontais e traseiras do pescoço. Esse problema pode se agravar e, em alguns casos, pode levar a uma condição conhecida como nevralgia occipital. É uma condição neurológica em que os nervos occipitais – que vão do topo da medula espinhal até o couro cabeludo – ficam inflamados ou lesionados. Ela pode ser confundida com dores de cabeça ou enxaqueca.

(…)

“Raios de dores”

Adam Clark Estes começou a sentir dores de cabeça alguns meses atrás. Segundo ele, a dor é intensa. “É como se fosse a dor de uma ressaca forte. Você sente a cabeça latejando.” “Como se alguém tivesse me golpeado na cabeça com um cano de aço quente enviando raios de dores lancinantes no crânio”, conta.

Você pode sentir a dor em um dos lados da cabeça ou nos dois, e até atrás dos olhos quando movimenta o pescoço. O conselho para curar o problema é mudar de postura na hora de mexer no celular – e evitar o uso excessivo dele.

“Quem sofre disso deveria pensar em adotar posturas diferentes quando estiver usando o celular. Sentar na vertical, por exemplo, e levantar o celular ou usar um suporte para ele ficar em uma altura mais adequada”, explica a osteopata Lola Phillips.

“É preciso ter mais disciplina com o uso do telefone também”, reitera. O tratamento inclui correção de postura, massagem e remédios anti-inflamatórios, mas, em alguns casos, é preciso tomar medidas mais drásticas. Adam Clark Estes teve que injetar um coquetel de esteroides e outros relaxantes nos nervos ao redor do seu pescoço.

(…)

Especialistas dizem que a prevenção é a melhor opção. Diminuir o uso de smartphones ou então posicioná-los mais próximo da altura dos olhos são boas estratégias para evitar o problema. “Tente não manter a mesma postura por muito tempo”, disse a fisioterapeuta Priya Dasoju. “Coloque um lembrete no celular ou no computador para se certificar de que você não está na mesma posição por muitos minutos consecutivos.” Os médicos garantem que as condições causadas por uso excessivo de smartphones são apenas dolorosas, não fatais.

Texto adaptado. Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/ noticias/2015/06/150622_dores_smartphones_rm>. Acesso em:

22 jan. 20.

 

Contexto de produção

Considere que um(a) de seus(suas) colegas de trabalho estava com vários sintomas de nomofobia e que o vício estava atrapalhando o rendimento dele(a) na empresa, o que o(a) levou a perder o emprego. Como o uso excessivo dos smartphones pelas pessoas têm crescido muito nos últimos anos, você decide rememorar o que houve com seu(sua) colega, levando-as a refletirem a respeito do tema.

Comando de produção

Redija, utilizando de 15 a 22 linhas, um relato, expondo a perda de emprego por um de seus colegas de trabalho, em razão da nomofobia, e convide os seus interlocutores a refletirem a respeito da nocividade do uso excessivo de smartphones. O texto será publicado no seu perfil pessoal de uma rede social. Caso precise atribuir um nome ao(à) colega demitido(a), utilize “Renato” ou “Renata”.

ATENÇÃO!  Envie sua produção digitada para profzumas@bol.com.br até a data de 2 de julho. Você tem quinze dias para pensar, consultar, estudar, perguntar, enfim, construir um RELATO interessante, seguindo as normas que regem esse tipo de expressão. Use a fonte Times New Roman tamanho 12. Não se  esqueça de justificar o seu texto – margem esquerda alinhada e margem direita, também. Coloque seu nome completo e seu número de chamada acima do RELATO que pode ou não ter título.