Psittacus

APU – TRABALHO DE SALA 1a. e 2a. SÉRIES

                                           TRABALHO EM SALA DE AULA

Aluno(a) ……………………………………………………………….. Série ……………….  Número ……….

ATENÇÃO!  O presente trabalho visa à nossa preparação aos estudos de texto, o que já percebemos em nossa nova apostila. Faça-o com capricho, não rabisque, você vai precisar dele daqui a algumas semanas.

01-Considere o seguinte anúncio de jornal:

No próximo dia 20/03, às 7 horas, desembarcam no aeroporto de Guarulhos a dupla sertaneja Antenor e Secundino, onde excursionaram pela Europa, que fizeram grande sucesso se divulgando a nossa música sertaneja.

Assinale a alternativa que reescreve o texto acima de acordo com a norma culta.

a) No próximo dia 20/03, às 7 horas, desembarca no aeroporto de Guarulhos a dupla de cantores Antenor e Secundino, que excursionou pela Europa, com grande sucesso na divulgação da nossa música sertaneja.

b) No próximo dia 20/03, às 7 horas, desembarcam no aeroporto de Guarulhos a dupla de cantores Antenor e Secundino, onde excursionaram pela Europa, em que fizeram grande sucesso e divulgando a nossa música sertaneja

c) No próximo dia 20/03, às 7 horas, desembarcam no aeroporto de Guarulhos a dupla de cantores Antenor e Secundino, cujos excursionaram pela Europa e fizeram grande sucesso, onde divulgaram a nossa música sertaneja.

d) No próximo dia 20/03, às 7 horas, desembarcam no aeroporto de Guarulhos a dupla de cantores Antenor e Secundino, os quais excursionaram pela Europa com grande sucesso, se divulgando a nossa música sertaneja.

e) No próximo dia 20/03, às 7 horas, desembarca no aeroporto de Guarulhos a dupla de cantores Antenor e Secundino, que excursionaram pela Europa, inclusive que fizeram grande sucesso, onde divulgou a nossa música sertaneja.

02-Enquanto na fala muitas vezes nem todos os verbos e substantivos são flexionados, na escrita isso pode ser considerado um erro. Considere as seguintes sentenças:

I. Saíram os resultados.

II. Foi inaugurado as usina.

III. Apareceu cinquenta pessoas na festa.

IV. O time apresentou os jogadores. V. Saiu os nomes dos jogadores.

VI. Também vieram os juízes.

Seguem as normas da escrita padrão as sentenças:

a) I, IV e VI apenas.

b) II, III e V apenas.

c) I, II e III apenas.

d) IV, V e VI apenas.

e) I, III e V apenas.

 

03-Assinale a alternativa que NÃO está de acordo com a norma culta.

a) Vitamina é bom para o adequado funcionamento do organismo

.b) É necessária a contribuição de todas as pessoas.

c) É necessário autorização para entrar na festa.

d) Embora fossem belos, os moços estavam só.

e) Anexas ao documento, vão as fotos da criança.

04-Considere as seguintes sentenças:

I. Eu ___ fé em suas promessas. (pôr)

II. Os ministros ____ as decisões. (manter)

III. Ficará tudo bem, se você ____ o estoque. (repor)

Assinale a alternativa em que os verbos entre parênteses foram empregados de acordo com a norma culta.

a) ponhei, manteram, repuser.

b) pus, mantiveram, repuser.

c) pus,manteram, repor.

d) ponhei, mantiveram, repor.

e) ponhei, mantém, repuser.

Aparecem novos casos

Cinco novos casos de febre maculosa foram identificados no Rio de Janeiro depois que a doença foi confirmada como causa da morte do superintendente da Vigilância Sanitária Fernando Villas-Boas. A doença também provocou a morte do jornalista Roberto Moura e a internação de um professor aposentado, um menino de 8 anos e uma turista. Em São Paulo, uma garota de 12 anos morreu em decorrência da doença. Ela foi picada por um carrapato quando passeava em um parque.

(Época, n 391, nov. 2005.)

05-De acordo com as informações do texto acima, assinale a alternativa correta.

a) O texto não aponta a forma provável como a vítima paulista contraiu a febre maculosa

.b) Todas as vítimas da febre maculosa morreram.

c) As vítimas fatais da febre maculosa foram infectadas no Rio de Janeiro.

d) Dos seis infectados, apenas dois sobreviveram.

e) O texto inclui Fernando Villas-Boas na contagem de casos de febre maculosa no Rio de Janeiro.

O Projeto Genoma, que envolve centenas de cientistas de todos os cantos do globo, às vezes tem de competir com laboratórios privados na corrida pelo desenvolvimento de novos conhecimentos que possam promover avanços em diversas áreas.

06-Assinale a alternativa em que o termo “privado” foi usado no mesmo sentido que apresenta acima.

a) Muitos laboratórios acabam privados de participar da concorrência pelos obstáculos legais que se impõem aos participantes.

b) Nem sempre os projetos que envolvem ciência básica podem contar com a injeção de recursos privados, que privilegiam as pesquisas com perspectivas de retorno econômico no curto prazo.

c) Mesmo alguns dos grandes laboratórios que atuam no mercado veem-se privados de condições materiais para investir em pesquisa de ponta.

d) Os laboratórios privados da licença para desenvolver pesquisas com clonagem de seres humanos prometem recorrer da decisão.

e) Muitos projetos desenvolvidos em centros universitários, privados de recursos, acabam sendo engavetados.

O texto a seguir é referência para as questões 15 a 18.

Reduzir a poluição causada pelos aerossóis – partículas em suspensão na atmosfera, compostas principalmente por fuligem e enxofre – pode virar um enorme tiro pela culatra. Estudo de pesquisadores britânicos e alemães revelou que os aerossóis, na verdade, seguravam o aquecimento global. Isso porque eles rebatem a luz solar para o espaço, estimulando a formação de nuvens (que também funcionam como barreiras para a energia do sol). Ainda é difícil quantificar a influência exata dos aerossóis nesse processo todo, mas as estimativas mais otimistas indicam que, sem eles, a temperatura global poderia subir 4 C até 2100 – as pessimistas falam em um aumento de até 10, o que nos colocaria “dentro” de uma churrasqueira. Como os aerossóis podem causar doenças respiratórias, o único jeito de lutar contra a alta dos termômetros é diminuir as emissões de gás carbônico, o verdadeiro vilão da história.

(Superinteressante, dez. 2005, p. 16.)

15.Assinale a alternativa cujo sentido NÃO está de acordo com o sentido que a expressão “pode virar um enorme tiro pela culatra” apresenta no texto

a) Pode ter o efeito contrário do que se pretende.

b) Pode aumentar ainda mais o problema que se quer combater

c) Pode fazer com que o aquecimento global aumente.

d) Pode provocar diminuição na formação de nuvens.

e) Pode aumentar a ocorrência de doenças respiratórias.

 

16.Assinale a alternativa cuja afirmativa mantém relações lógicas de acordo com o texto.

a) Os aerossóis seguram o aquecimento global porém estimulam a formação de nuvens.

b) Os aerossóis seguram o aquecimento global mas estimulam a formação de nuvens.

c) Os aerossóis seguram o aquecimento global pois estimulam a formação de nuvens.

d) Os aerossóis seguram o aquecimento global e estimulam a formação de nuvens.

e) Os aerossóis seguram o aquecimento global entretanto estimulam a formação de nuvens.

17.Segundo o texto, “o verdadeiro vilão da história” é(são):

a) o aquecimento global.

b) as emissões de gás carbônico.

c) a formação de nuvens.

d) as doenças respiratórias.

e) as barreiras para a energia do sol.

18.O termo “pessimistas”, em destaque no texto, está se referindo às:

a) temperaturas.

b) pessoas.

c) influências.

d) estimativas.

e) barreiras.

Extremo espectador

Luís Henrique Pellanda

Texto publicado na edição impressa (Gazeta do Povo) de 16 de fevereiro de 2016

O deambulismo (caminhar sem rumo certo) é um traço distintivo fundamental da atividade dos cronistas, tanto quanto o é das almas penadas. Sempre penso nessa relação de crime e castigo quando, em busca de uma crônica, pego o elevador às pressas e saio flanar (andar por aí) a trabalho, pelo Centro. Na verdade, não me queixo, gosto de ver o fogo correr pelo rastilho, escrever sentindo o cheiro da pólvora. Sei que todo cronista precisa desta urgência e, também, de uma dupla natureza. Peregrino sem fé, ele parte atrás de ideias e conexões e, enquanto elas não aparecem, flutua por aí feito um fantasma, a projeção futura de seus fracassos semanais. Sim, o cronista é alguém pago para assombrar-se.

É o que tento fazer. Desço ao labirinto da cidade e sigo em frente. Ébano, Cândido Lopes, Osório, Vicente Machado, Visconde do Rio Branco. Cada esquina é uma Meca e uma morte. Às vezes, ao dobrá-las, lembro do que escreveu um francês qualquer, não me vem agora o seu nome, a propósito das motivações de um flâneur: para o escritor andante, virar à esquerda ou à direita já constitui um ato essencialmente poético.

Hoje dou sorte: com meia dúzia dessas conversões, recupero a carnalidade. É sexta à tarde, chego aos fundos da 24 Horas e estou salvo. Deve ser culpa do verão, é este calor que desentoca o melhor da humanidade subtropical, pois aqui está um de seus espécimes mais raros. Terá, talvez, 20 anos, mas sua barba e seus cabelos pesam, sozinhos, uma década e pouco. É um andarilho inestancável, um campeão de distâncias, com quem já cruzei várias vezes, em tantos lugares.

Nunca para. Impossível vê-lo sem considerar a hipótese da alma penada. Magro, é quase uma múmia de bermudas, os olhos tão opacos quanto a boca é pétrea, os braços, secos, a pele, rachada. Nada nele se move, só as pernas e os pés. É onde deve ter se instalado o feitiço, ali ou em seus tênis Nike furados, vai que são como os sapatinhos vermelhos de Andersen? (“Sapatinhos Vermelhos”. Esse conto é uma adaptação de uma fábula infantil do dinamarquês Hans Christian Andersen) A sobrevivência, afinal, é uma dança de improvisos.

Mas que delitos esse cara cometeu? Matou o pai, cuspiu na mãe, seviciou a irmãzinha, trocou a tevê da avó por pedras, uma droga por outra, tudo em família, e estamos conversados? Por que o punem desse modo, que sequência inexpiável de pecados o terá convertido neste malaco errante, nesta carcaça inconsumível que se arrasta da Rui Barbosa ao Guaíra, do Relógio das Flores à Estação Central?

Já tentaram pará-lo, interceptá-lo com perguntas tolas, quem é você, de onde vem, aonde vai com tão autocentrado — mas quem disse que tem ouvidos para fora? Sua atenção é para dentro, ele é a própria paisagem pelo avesso. Se ouve alguma coisa é o trânsito em suas ruas internas, um buzinaço nas veias, o coração congestionado — como chegar até lá, já que tudo engarrafou-se?

Ouço dizerem que está chapado, e só então percebo que é isso aí, o cara pirou de tanto caminhar a esmo, sonhando com saídas. Curitiba é sua alucinação e nós, apenas parte de uma viagem desastrosa. Ele é o badaud que nos resta, não um observador do mundo, mas um espectador radical, o extremo espectador, entretido pelas próprias penas. Dentro dele sopram as brisas da nossa época.

Flâneur = vagabundo

Badaud = desocupado sem eira nem beira

 

Agora vamos escrever um pouco.  O que você leu foi uma crônica, um texto que levanta uma questão do nosso dia a dia, algo que vivenciamos ou que se passa aos nossos olhos, expondo nas linhas a nossa impressão.

01-De quem fala o autor? O que chamou a atenção do autor  para o texto tornar-se uma crônica?

RESPOSTA: Num primeiro momento, o autor fala de si mesmo como repórter que é, andando  à procura de assunto para sua matéria. Em seguida foca seu trabalho num morador de rua, seu velho conhecido, fazendo-lhe uma  descrição.

02-A linguagem do autor é essencialmente culta ou vez ou outra entra na linguagem coloquial? Comente e comprove.

RESPOSTA: Há uma clara mistura de linguagem culta, nos parâmetros da norma-padrão, e vez ou outra assume uma linguagem coloquial. É o que percebemos em “Mas que delitos esse cara cometeu?” , “Ouço dizerem que está chapado…o cara pirou…”