Psittacus

TAREFA 19 – 1A. SÉRIE – NOVEMBRO

Aluno(a) …………………………………………………………………………….  No.  ……..   1a. série  ……

TAREFA 19

 

01. Assinale a alternativa em que a função apelativa da linguagem é a que prevalece:A) Trago no meu peito um sentimento de solidão sem fim… sem fim…B) “Não discuto com o destino o que pintar eu assino.”C) Machado de Assis é um dos maiores escritores brasileiros.

D) Conheça você também a obra desse grande mestre.

E) Semântica é o estudo da significação das palavras.

02. Identifique a frase em que a função predominante da linguagem é a REFERENCIAL:A) Dona Casemira vivia sozinha com seu cachorrinho.

B) Vem, Dudu!

C) Pobre Dona Casemira…

D) O que … O que foi que você disse?

E) Um cachorro falando?

03. Onde está a função metalinguística?A) “Amo-te como um bicho simplesmente de um amor sem mistério e sem virtude com um desejo maciço e permanente.” (Vinicius de Morais)

B) “Proponho-me a que não seja complexo o que escreverei, embora obrigada a usar as palavras que vos sustentam.” (Clarice Lispector)

C) “Não narro mais pelo prazer de saber. Narro pelo gosto de narrar, sopro palavras e mais palavras, componho frases e mais frases.” (Silviano Santiago)

D) “Agarro o azul do poema pelo fio mais delgado de lã de seu discurso e vou traçando as linhas do relâmpago no vidro opaco da janela.” (Gilberto Mendonça Teles)

E) Que é Poesia? Uma ilha cercada de palavras por todos os lados.” (Cassiano Ricardo)

04. O texto seguinte também é de natureza poética. Nele, qual a função secundária da linguagem?“Lutar com as palavras é a luta mais vã. Entanto lutamos mal rompe a manhã.” (Carlos Drummond de Andrade)

A) Função emotiva.

B) Função conativa.

C) Função referencial.

D) Função metalinguística.

E) Função fática.

05. “Se eu não vejo a mulher que eu mais desejo, Nada que eu veja vale o que eu não vejo.”

Nesses versos do poeta provençal Bernart de Ventadorn (século XII), vertidos para o português pelo poeta Augusto de Campos, é evidente o predomínio da função poética da linguagem, notável nos ritmos, nos jogos sonoros e no fraseado. Ao lado dessa função, destaca-se a presença da:

A) função emotiva.

B) função conativa.

C) função referencial.

D) função metalinguística.

E) função fática.

06.                                  BILHETE

Se tu me amas,

Se me queres,

ama-me baixinho

enfim,

Não o grites de cima dos telhados

tem de ser bem devagarinho, Amada,

Deixa em paz os passarinhos

que a vida é breve,

Deixa em paz a mim!

e o amor mais breve ainda… (Mário Quintana)

Além da função poética, outra função que se percebe no poema é:

A) função emotiva.

B) função conativa. (verbos no imperativo)

C) função referencial.

D) função metalinguística.

E) função fática.

07.  A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se desenvolvem os seres vivos, se divide em unidades menores chamadas ecossistemas, que podem ser uma floresta, um deserto e até um lago. Um ecossistema tem múltiplos mecanismos que regulam o número de organismos dentro dele, controlando sua reprodução, crescimento e migrações. DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

Predomina no texto a função da linguagem:

A) emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em relação à ecologia.

B) fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de comunicação.

C) poética, porque o texto chama a atenção para os recursos de linguagem.

D) conativa, porque o texto procura orientar comportamentos do leitor.

E) referencial, porque o texto trata de noções e informações conceituais.

08. Considerando a tirinha, pode-se concluir que, nela, está presente a função da linguagem denominada:

A. fática, pois vários termos, embora desprovidos de significado, permitem o início do processo comunicativo.

B. metalinguística, pois se reflete sobre o valor das palavras, isto é, sobre o uso da língua e sua função social.

C. apelativa, pois está ausente a intenção de atingir o receptor com o intuito de modificar o seu comportamento.

D. emotiva, pois o eu lírico pode expressar livremente as emoções com as quais está em conflito.

E. poética, pois o importante é passar as informações de forma clara e objetiva, desprezando-se a preocupação com a elaboração da linguagem.

TEXTO I
Mulher Assassinada

Policiais que faziam a ronda no centro da cidade encontraram, na madrugada de ontem, perto da Praça da Sé, o corpo de uma mulher aparentando 30 anos de idade. Segundo depoimento de pessoas que trabalham em bares próximos, trata-se de uma prostituta conhecida como Poe Nenê. Ela foi assassinada a golpes de faca. A polícia descarta a hipótese de assalto, pois sua bolsa, com a carteira de dinheiro, foi encontrada junto ao corpo. O caso está sendo investigado pelo delegado do 2º distrito policial.

Jornal da Cidade, 10 set. 2004
TEXTO II
Pequena Crônica Policial

Jazia no chão, sem vida,
E estava toda pintada!
Nem a morte lhe emprestava
A sua grave beleza…
Com fria curiosidade,
Vinha gente a espiar-lhe a cara,
As fundas marcas da idade,
Das canseiras, da bebida…
[…]
Sem nada saber da vida,
De vícios ou de perigos,
Sem nada saber de nada…
Com sua trança comprida,
Os seus sonhos de menina,
Os seus sapatos antigos!

Mário Quintana – Prosa & Verso
09. Os textos I e II trazem certa semelhança entre si. O que há de semelhante nos textos acima?

A temática. (falam do mesmo assunto)
A organização da linguagem.
A forma de abordagem ao tema.
A intenção discursiva.
O posicionamento do narrador diante a matéria narrada.

10. Que aspectos distinguem os textos I e II, a partir da análise dos mesmos, considerando sua linguagem?

denotação – função referencial (texto II).
função poética – ênfase no assunto (texto II).
criatividade linguística – função poética (texto II).
ênfase na mensagem – função referencial (texto I).
texto jornalístico – Ênfase no leitor (texto I).

O texto abaixo será utilizado nas questões 11 e 12


TEXTO III

Nova Poética

Vou lançar a teoria do poeta sórdido.
Poeta sórdido:
Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida.
Vai um sujeito,
Saí um sujeito de casa com a roupa de brim branco
[muito bem engomada, e na primeira esquina passa um
[caminhão, salpica-lhe o paletó ou a calça de uma nódoa de lama:
É a vida
O poema deve ser como a nódoa no brim:
Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero […]

Manuel Bandeira


11. As funções de linguagem predominante no Texto III são:

Poética e metalinguística.
Conativa e referencial.
Referencial e emotiva.
Metalinguística e conativa.
Emotiva e referencial.

12. As funções de linguagem predominantes no texto acima se justificam pelos seguintes fatores.

sentimentalismo e informatividade.
metadiscursividade e interpelação ao leitor.
informatividade e sentimentalismo.
interpelação ao leitor e informatividade.
criatividade linguística e metadiscursividade.

13. Leia a estrofe abaixo:

“Oh! ter vinte anos sem gozar de leve
A ventura de uma alma de donzela!
E sem na vida ter sentido nunca

Na suave atração de um róseo corpo
Meus olhos turvos se fechar de gozo!

Álvares de Azevedo

A presença da interjeição, as exclamações e a 1ª pessoa gramatical identificam no texto a função da linguagem:

Poética.
Conativa.
Referencial.
Metalinguística.
Emotiva.

14. Leia o texto e assinale a alternativa correta:

A um passarinho

Para que vieste
Na minha janela
Meter o nariz?
Se foi por um verso
Não sou mais poeta
Ando tão feliz!
Se é para uma prosa
Não sou Anchieta
Nem venho de Assis
Deixe-te de histórias
Some-te daqui.

Vinícius de Morais

Quanto à análise do texto acima, pode-se afirmar que:
A facilidade com que se pode reconstruir o fato narrado e as informações precisas veiculadas pelo texto provam a não existência de elementos ficcionais; a função de linguagem predominante é a referencial.
No quinto verso, o próprio autor esclarece que seu texto não tem caráter poético, o que lhe confere a função metalinguística da linguagem.
Apesar de escrito em versos, o texto acima não é literário, porque, nos dois últimos versos, o autor diz claramente não querer contar histórias, neles, ocorre a função apelativa ou conativa, própria da linguagem de propaganda.
ⓓ Embora haja referência a dados concretos da realidade circundante, o texto é literário, uma vez que, a par de exemplos de função emotiva e conativa, a criatividade linguística dá o tom do texto e confere a função poética como predominante.
No sétimo verso, o próprio autor esclarece que seu texto não está escrito em prosa; é, portanto, um texto não literário.

15. Leia o excerto abaixo extraído de uma suposta entrevista com Riobaldo, de Grande sertão: veredas.

“Mire e veja o leitor e a leitora: se não houvesse Brasil, não haveria ‘Grande sertão: veredas’, não haveria Riobaldo. Deviam ter pensado que pelo menos para isso serviu. E o resto é silêncio. Ou melhor, mais uma pergunta senhor Riobaldo. O que é silêncio? O senhor sabe o que o silêncio é? É a gente mesmo, demais.”

Alberto Pompeu de Toledo, Veja.

Acima, predominam as seguintes funções da linguagem:

Poética e fática.
Conativa e metalinguística.
Referencial e expressiva.
Metalinguística e emotiva.
Emotiva e poética.

16. Assinale a alternativa que traz função fática:
“O homem letrado e a criança eletrônica não mais têm linguagem comum.” (Rose-Marie Muraro)
“O discurso comporta duas partes, pois necessariamente importa indicar o assunto de que se trata, e em seguida a demonstração. (…) A primeira destas operações é a exposição; a segunda, a prova.” (Aristóteles)
“Amigo Americano é um filme que conta a história de um casal que vive feliz com o seu filho até o dia em que o marido suspeita estar sofrendo de câncer.”
“Se um dia você for embora
Ria se teu coração pedir
Chore se teu coração mandar.”
(Danilo Caymmi & Ana Terra)
“Olá, como vai? Eu vou indo e você, tudo bem?
Tudo bem, eu vou indo em pegar um lugar no futuro e você?
Tudo bem, eu vou indo em busca de um sono tranquilo…”
(Paulinho da Viola)