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2018 – EXERCÍCIOS DE FONOLOGIA

FONOLOGIA – EXERCÍCIOS

GABARITADO

Vá lendo o texto e, à frente de cada palavra, nomeie o fenômeno fonético que ali existe.

 

                                  A “Lei Seca” e a liberdade (Enc. Cons. imperf.) de matar e morrer..

Marcos Liboni

         Muito tem (dit.dresc.nasal fechado) se discutido em torno (enc. cons. impróprio) da nova legislação sobre o aumento (nasalização) na rigidez e penalização daqueles que optam (dit. decresc.nasal fechado) por fazer uso de bebida alcoólica e dirigir vculos. (hiato) É lamentável ver que, sobretudo, pessoas com um bom (.nasalização.) nível sociocultural e intelectual ainda, de alguma forma, se contraponham (.dígrafo.)  ao novo parâmetro jurídico ou até digam que a legislação (dit. decresc. nasal fechado) restrinja a liberdade das pessoas.

         Primeiramente, temos uma incorreção (dígrafo)  na leitura leiga da lei dizendo que ela é uma lei seca, ela não o é. Lei seca é a proibição (.hiato.)  da comercialização e do consumo de bebida alcoólica, como quando em (dit. decresc. nasal fechado.) dias de eleições em nosso País. Esta legislação não proíbe o consumo de bebida por adultos (enc. cons. impróprio.) , em nenhum momento, o que proíbe é a mistura destrutiva de álcool e direção. Em segundo lugar, não cabe argumento absolutamente nenhum, seja do ponto de vista (enc. cons. impróprio)  de saúde, econômico, político, social, pessoal e sobretudo ético em se questionar (dígrafo)  a dimensão maior desta legislação na nossa (dígrafo.)  realidade brasileira, a começar sobre o fato entristecedor de se questionar se uma determinada lei “pega” ou não. Lei é lei e uma sociedade que postula ser justa e desenvolvida pode questionar o teor moral e ético das leis, mas não optar por não segui-las (.dígrafo).

         Um terceiro (dit. decresc. oral fechado)  elemento é a dimensão de saúde que esta medida traz à nossa população. Registrou-se que o Estado de São Paulo economizou cerca de R$ 4,5 milhões no mês passado com a diminuição dos acidentes de trânsito e o decorrente uso do sistema de saúde no cuidado e   recuperação ( Quantas vogais?5 Quantas consoantes?5) da saúde das pessoas, isto sem contabilizar os prejuízos maiores (Quantas vogais? 3  Quantas consoantes?3.) que é a vida daqueles que morrem, muito deles jovens.

         Gostaria de convidar aqueles que, de alguma forma, por interesses pessoais ou não, [são contra a lei] a partilhar de alguns momentos em um plantão (Quantas consoantes?3) médico de urgência em cirurgia, em especial a neurocirurgia (hiato.) , o que significa a mistura álcool e direção. Contou-me um amigo neurocirurgião que a sua primeira impressão, em relação aos plantões que faz, é que diminuiu consideravelmente (Quantas consoantes? 8) a quantidade de atendimentos por acidentes aqui em Londrina. Ora, não cabe justificativa moral ou ética em se questionar (Quantos fonemas?9)  uma medida tão urgente e necessária à nossa realidade social. Ninguém questionaria o risco e muitos se recusariam (Quantos “esses”? .0) a voar se soubessem que o piloto do avião estivesse embriagado ou tivesse tomado “uns goles”.

         Uma última instância é a dimensão médica. O álcool não liberta, beber não é liberdade é, sim, ficar preso a uma ilusão (Quantas vogais? 3) da realidade. Quem lida no dia a dia com pessoas e famílias que sofrem pelo “câncer social” que é o problema do abuso e dependência (Quantos fonemas? 9) do álcool não pode aceitar qualquer (Quantos fonemas? .7 ) argumento a favor desta droga, e álcool também é droga. Além disso, os efeitos químicos do álcool no organismo humano trazem (Quantas consoantes?.3 ) prejuízos importantes à saúde e não libertam (Quantas vogais? 3) a mente e, sim, a escravizam. Não podemos aceitar a mistura de álcool e direção, uma forma atual de arma de destruição em massa presente na nossa sociedade. (Quantas consoantes ao todo? .13.)

  • Marcos Liboni é médico pela Universidade Estadual de Londrina; psiquiatra pelo HC/USP; doutor em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP; perito médico psiquiátrico da Justiça Federal do Brasil e professor adjunto de psiquiatria e bioética da Universidade Estadual de Londrina.